quinta-feira, 18 de julho de 2013

A cura

Água salgada. Para desfazer dessa suscetibilidade a qual me submeti. Para esquecer a intolerância pelo barulho do celular que nunca mais é o que eu quero, e escutar só o ir e vir das ondas. Para afogar corpo e alma. Para arder os olhos de raio-x. Para não precisar de roupa e de ninguém. Para se expor e ser livre como é. Para se achar pequena, e de fato ser. Para nadar, esconder, encontrar. Depois pisar leve na areia, como se fosse a primeira vez. Como se ali surgisse o primeiro monte de células e átomos da Terra. Deixar o contato ser suficiente. Matérias vivas, comunicativas e iguais. É o que tudo é: simples.

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