quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Liberdade ↔ Paraíso

Eu estou perdida. Tristemente perdida. E de um jeito que não vejo nem estradas, sabe. É como se estivesse tudo escuro e eu só não pudesse parar de andar. Eu tenho tanto medo, baby. Tanto medo de tropeçar num buraco ou quebrar qualquer coisa. Eu nunca quebrei nada do meu corpo na vida, sabe? Sem essas metáforas. Quebrar de engessar, mesmo, nunquinha. Tenho certeza que ninguém me seguraria caso eu caísse aqui agora. Aquilo de live together, die alone faz todo sentido. Não acho triste admitir isso. (...) Sabe o que eu queria mesmo? Parar. Pedir pro mundo um segundo de descanso. Desses que a gente não pensa, não respira, não sente. A gente podia ter isso. Acho de grande utilidade. Mas no lugar, temos um apêndice! Não precisamos, mas tá lá. E pode dar muito problema. Isso explica muita coisa se você pensar direito.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Sabe o que ele me sugeriu? Um pseudônimo. Logo eu, que sempre fui tão minha! Eu nunca entendi essa dos pseudônimos. Se esconder atrás de um personagem? Meu amor, eu sempre escrevi assim vomitado. E exclusivamente pessoal. Eu não sei inventar alguém. Sei inventar outros eus, talvez. Mas isso não tem a ver com pseudônimo. Porque eu já sinto demais e sou egoísta demais pra pensar em outras dores e sentimentos além de mim. Hoje eu queria ser escritora. Dessas que fumam e só escrevem no papel. Por favor... eu nunca serei uma escritora. Na verdade, nem sei mais se jornalista. A gente é uma complicação né? Eu não saberia inventar um personagem fora de mim. É isso. E eu não tenho reconhecido os meus. Eles se recolheram pra não sofrer, pra não se expor. Tem sido chato, sabe? Mas não sei se posso fazer alguma coisa por isso. Sei lá, alguém sugou a sensibilidade, e eu não queria acreditar que foi isso aqui que escolhi viver. Você acha isso possível? Como eu pude escolher morar em um lugar que me esconde, me inibe, me engole? Talvez eu ainda tenha aquilo dos desafios dentro de mim. Como barreiras inconscientes a quais me proponho. Eu acredito diferente. Será que é ruim? Me beija, porque eu sei: a gente vai passar. As coisas ficam.