quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Sabe o que ele me sugeriu? Um pseudônimo. Logo eu, que sempre fui tão minha! Eu nunca entendi essa dos pseudônimos. Se esconder atrás de um personagem? Meu amor, eu sempre escrevi assim vomitado. E exclusivamente pessoal. Eu não sei inventar alguém. Sei inventar outros eus, talvez. Mas isso não tem a ver com pseudônimo. Porque eu já sinto demais e sou egoísta demais pra pensar em outras dores e sentimentos além de mim. Hoje eu queria ser escritora. Dessas que fumam e só escrevem no papel. Por favor... eu nunca serei uma escritora. Na verdade, nem sei mais se jornalista. A gente é uma complicação né? Eu não saberia inventar um personagem fora de mim. É isso. E eu não tenho reconhecido os meus. Eles se recolheram pra não sofrer, pra não se expor. Tem sido chato, sabe? Mas não sei se posso fazer alguma coisa por isso. Sei lá, alguém sugou a sensibilidade, e eu não queria acreditar que foi isso aqui que escolhi viver. Você acha isso possível? Como eu pude escolher morar em um lugar que me esconde, me inibe, me engole? Talvez eu ainda tenha aquilo dos desafios dentro de mim. Como barreiras inconscientes a quais me proponho. Eu acredito diferente. Será que é ruim? Me beija, porque eu sei: a gente vai passar. As coisas ficam.

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