quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Tecnicamente

Tecnicamente, não éramos nada. Sem definições. Na ideia, reticências. Nossas ações baseavam-se em instinto, manifestação sexual, dependências hormonais, pele, tato, língua, saliva, suor, cérebro. Cérebro de novo. Diálogos. Zonas erógenas. Boa noite, bom dia. E ela? Tecnicamente, não éramos nada. Tudo bem, tudo mal, tomar uma decisão, tá difícil. Acabou. Voltou. E agora? Vida, arte, Deus, memória, família, ajuda, anjo, vestibular, emprego. Tecnicamente, nome e sobrenome. Pequena, lindo e baby não tão técnico assim. Tecnicamente, duas pessoas independentes. Passagem, avião, viagem, hotel, casa. A dor se fez desnecessária, tecnicamente. O drama, o talvez e o não também. Aeroporto, 36 passos. Um mais um igual a dois ou sempre mais que dois? Sem técnica, loucura. Com, alívio. Sobre a mistura, segredo. Sexoliberdadefúria. Técnica? Visualizado às 12:03. Ignora. Digitando... Alguém falou sobre sentir? Tecnicamente, nada. Só uma pergunta: o que a gente faz com a metáfora do pôr-do-sol e a luz e o dia seguinte? Bem, tecnicamente, é só uma estrela se ocultando no oeste no fim do dia...

Ele técnica, eu metáfora. 
Ele números, eu palavras. 
Ele fúria, eu sossego.
Ele pedra, eu apego. 
Ele fim, eu recomeço.

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