sábado, 14 de junho de 2014

3 mil horas


Eu poderia escrever um texto de quando ele me olha a menos de 5 centímetros e divide comigo um espacinho de oxigênio. Ou poderia falar dos 2/3 que sobram da cama pra gente se apertar num canto e acordarmos quebrados. Poderia dizer da facilidade de dormir em menos de 7 minutos no seu ombro. Ou até mesmo das 29 batidas de coração em mudo. Poderia falar dos beijos sincronizados que sincronizaram-se depois de 1 mês e pouquinho. Talvez desse até pra calcular os 1035 que já gastamos com viagens. Contaria das 2 piscadas em média numa mesa de restaurante com outras pessoas. Falaria das 2 brigas e meia. Narraria a gente dançando os 10 minutos na sala sem perturbar o vizinho de baixo porque estávamos descalços. Falaria sobre as 440 toneladas de gratidão, 830 músicas, 6 ou 7 declarações e um amor com toda infinidade que vai do 0 ao 1. Mas o melhor continua sendo incontável, com todo duplo sentido cabível. É que, apesar das controvérsias, above us, only words.

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